Praia grande no domingo, dia das mães, água clara, vento terral e boas ondas, o massivo swell que chegou nesse último domingo no Rio de Janeiro, criou muitas expectativas em diversos locais da região, um verdadeiro corre corre, inúmeras ligações e desde muito cedo estive em alerta checando as condições do mar. Felizmente o não tivemos grandes momentos com esse swell que prometia ondas incríveis mas o fundo não esteve dos melhores...e a maior parte dos surfistas estiveram a fazer a cabeça no canto da praia grande, mais conhecido como pesqueiro aonde temos uma história sensacional envolvida.
Realmente incrível saber que além de poder desfrutar de altas ondas e logo próximo ser tão rico em história nos deixa bem culto de aprender um pouco de história e sobre as ondas e o que realmente há por debaixo do mar me deparei com partes do navio que a força da maré fez o naufrágio aparecer.
O naufrágio mais antigo da região é o da fragata brasileira “Dona Paula”, que afundou quando perseguia um navio corsário inglês, em 1827. Localizada bem próxima à cidade, ela pode ser alcançada com poucos minutos de navegação entre o Morro do Atalaia e a Ilha dos Franceses. Lá em baixo, ela conta um pouco da história do império brasileiro ao mostrar, ainda intactos, canhões, guinchos e correntes que serviram à armada de Dom Pedro I.
Estar na água é algo surpreendente e poder passar um pouco de conhecimento é muito prazeroso e divertido num meio descontraído a muitos caldos e sufoco que passamos para pegar a maior onda do dia e segurar aquela manobra numa junção casca grossa, divertido de ver e por muitas vezes ao meio de críticas o que me deixa mais alegre é saber que se alguém tem opinião para criticar é que sabemos, temos condições de melhorar e mostrar para que dessas críticas possamos construir, fortalecer e evoluir.
Logo que cheguei e deparei com um esse lindo visual e que podíamos colher um ótimo material fotográfico me deixou excitado e querer pegar todas que fosse possível, e o que mais tem me motivado em condições aonde poucos estão na água infelizmente e o fator profissionalismo e estar treinando toda minha parte física, por vezes me vejo sozinho em condições que não são nada favoráveis e ainda sem cordinha coisa que não estão a me intimidar. Muito mais que é de um aprendizado fora do normal, se largar a prancha vai ter que nadar e muito e certo que não estarei abandonando o navio nem menos ficar a debaixo de muita água.